quarta-feira, 25 de março de 2020


Quando uma pessoa não tem empatia e não se preocupa com os outros, ela está num surto psicótico.
Como esse surto pode ser explicado nas #constelaçõesfamiliares?
Todos temos um sistema de origem e nesse sistema existiram muitas pessoas antes de nós para que fôssemos possíveis.
Porém existiram vítimas e perpetradores. Existiram assassinos e assassinados.
O inconsciente sistêmico não julga e não se importa com quem foi bonzinho ou mauzinho.
Para o inconsciente sistêmico o que importa é que a vida chegou até nós.
E o que acontece com os assassinos?
Eles são excluídos.
Então, inconscientemente, olhamos para esse excluído e emaranhados com ele. Afinal, ele também é importante, pois sem ele não existiríamos.
Quando uma pessoa quer se incluir em um assassino do seu sistema, ela pensa que para fazer parte, ela deve ser igual.
E como é ser igual a um assassino?
É matar como ele.
Então eu não cuido mais do outro, eu não me preocupo mais com o outro.
Então eu saio na rua de forma irresponsável em uma pandemia, pois eu não estou nem aí.
Afinal o que me importa é ser incluído no meu sistema de origem. Nem que para isso eu tenha que matar.
Posso matar pegando um vírus e passando para outros. Ainda mais um vírus que pode me ajudar a não matar somente um, eu posso matar muita gente!
E isso me traz alegria, pois agora eu pertenço.
Parece chocante, mas a lealdade sistêmica é uma força inconsciente muito grande.
Também pode acontecer o contrário. O que é mais comum? Eu entrar em lealdade com meu sistema de origem e sofrer, não ter felicidade, ficar doente, meus relacionamentos, família, casamento, trabalho não darem certo. Eu nunca tenho dinheiro e por aí vai.
Mas esse tipo de emaranhamentos é mais comum. É mais visto por aí.
Quase 100% das pessoas que procuram uma constelação estão emaranhadas com as vítimas do sistema.
Porém, também é possível o emaranhamento com o assassino ou assassinos do meu sistema.
No meu sistema podem ter existido ditadores, nazistas, guerreiros sanguinários, assassinos de aluguel, matadores, pistoleiros, grilheiros, colonizadores, invasores, etc, etc.
E se eu for um grande empresário, um líder ou um político importante, aí é um prato cheio para eu honrar os assassinos do meu sistema e me incluir de forma extraordinária.
Esses tempos atrás eu vi uma pesquisa de um neurologista que afirmava que, para certos cargos como CEOs de grandes empresas, políticos e determinadas lideranças, a pessoa precisava ter traços de certa psicopatia ou perversão para poder se manter no cargo. Pessoas neuróticas já não eram tão encontradas nessas ocupações.
Mas não vamos julgar essas pessoas, elas estão na estratégia de vida delas. Agindo conforme seus inconscientes sistêmicos.
Pois quem julga exclui e se excluímos, emaranhamos.
Quero deixar claro aqui, que estou falando do inconsciente sistêmico.
Claro que quem mata, assassina rouba ou faz qualquer tipo de delito deve responder por isso.
Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Não vamos confundir alhos com bugalhos.
No inconsciente sistêmico não existe mocinho nem bandido.
Só existem as três leis sistêmicas que o regem.
A lei da Inclusão, da Hierarquia e da Compensação.
O que existe é cada um olhando para onde precisa olhar para levar o seu próprio sistema adiante.
E o que nós fazemos quando percebemos uma pessoa leal à um ancestral assassino perto de nós?
Primeiro de tudo trazemos para a nossa consciência essa realidade sistêmica.
E não entramos nesse campo.
Também fechamos nosso campo para nos proteger.
E como conseguimos isso?
Olhando para esse excluído em lealdade e dizendo: "Sim, eu vejo você! Entendo sua lealdade. Mas deixo com você o que é teu. Isso não me pertence."
E seguimos adiante em paz.
Lú Mila 👍
#lealdadesistêmica #constelaçõesfamiliares

Nenhum comentário:

Postar um comentário