sábado, 24 de julho de 2010

Gravidade Zero!

http://zerog.jsc.nasa.gov/photos/22JUN10_FlightDay1/hires/jsc2010e098584.jpg


A NASA tem um programa que oferece a estudantes do ensino superior a oportunidade de realizarem um experimento com a gravidade reduzida.

O programa, gerido pelo Johnson Space Flight Center, em Houston, proporcionará às equipes selecionadas uma experiência a bordo de um avião de microgravidade que voa a jato. Esta aeronave é capaz de proporcionar desde a ausência de gravidade até a hiper gravidade que vai até três vezes a gravidade da terra.
As propostas dos alunos de graduação aspirantes a exploradores devem ser apresentadas até 27 de outubro.
Mas não se animem, todos os candidatos devem ser cidadãos dos E.U., estudarem em tempo integral e devem ser maiores de 18 anos.
A NASA vai anunciar os participantes selecionados em 08 de dezembro e os vôos ocorrerão no verão de 2011. (Verão dos EUA)



Vejam que legal, as equipes selecionadas podem convidar um jornalista credenciado para voar com eles e documentar a experiência.
Com este programa, a NASA continua sua tradição de investir em programas de educação no país com o objetivo de reforçar a força de trabalho futuro.


Fora da nossa realidade, né? Mas vale como informação para sabermos o que acontece fora do nosso ninho...

Segue o link do vídeo do programa pra vocês darem uma olhada...

Basta copiar o link e colar no browser...


Bom divertimento...


http://microgravityuniversity.jsc.nasa.gov/theProgram/video/video.cfm

sexta-feira, 23 de julho de 2010

EDUCAÇÃO HOJE (Pedro Demo)

Amigos estou desenvolvendo meu artigo da pós em novas tecnologias de ensino e lendo o livro do Pedro Demo, Educação Hoje: "novas" tecnologias, pressões e oprtunidades, me deparei com um parágrafo interessantíssimo que reproduzo aqui, na íntegra, para vocês partilharem comigo essa rica leitura sobre aprendizagem...ele está presente na página 65 do livro...Grifei algumas partes para comentá-las na sequência...

"Teorias que apostam no envolvimento do estudante e entendem aprendizagem como dinâmica também afetiva (DAMÁSIO, 1996; GOLEMAM, 2001) receberam grande ímpeto com as novas tecnologias, em especial porque as crianças e jovens facilmente se encantam com o ciberespaço. Tais propostas decaem facilmente no jargão do prazer imediato, como se as crianças somente estudassem se sentirem prazer. O que move as pessoas não é apenas prazer, mas outras dimensões que possam parecer relevantes, também porque não se escapa na vida de ter de aprender do sofrimento. Não segue que aprendemos melhor com o sofrimento, mas que o prazer que move é menos aquele do bobo alegre, do que aquele do bom combate. Os jogos eletrônicos clarificam isso frontalmente: os jogadores " sofrem" muito para dar conta do jogo, que, ademais, se complica a cada nova etapa. No entanto, correm atrás com grande envolvimento e, chegando ao fim, sentem alegria profunda. Subir o monte Everest não pode ser projeto movido a prazer imediato, nem tentar concluir um doutorado. O que as teorias afirmam é que não se aprende sem envolvimento profundo. No mundo virtual, as crianças sentem-se bem mais envolvidas que os adultos, um fenômeno que ainda não sabemos bem explicar. Há quem diga que a nova geração possui "outra cabeça", por conta de sua interação tão intensa com o mundo virtual (HAYLES, 2008). Prensky (2001) sugere que as crianças são nativas, enquanto os adultos são imigrantes, embora haja autores que tomam isso como um "mito" (OWEN, 2004). É fato, porém, que as crianças se dão bem com o computador, parecendo haver entre eles uma simbiose notável. Faz parte dessa simbiose certamente o lado social da máquina que permite multiplicar relacionamentos e promove a "inteligência social" (GOLEMAN, 2006). Essa energia eclode em comunidades de prática, comunidades de aprendizagem, tribos de toda sorte (como Orkut). "peer-university", em cujos ambientes a interação corre agitada, por vezes auxiliada pelos anonimatos (não se sabe a identidade real de quem está do outro lado).

Vamos aos  comentários:


"O que move as pessoas não é apenas prazer, mas outras dimensões que possam parecer relevantes, também porque não se escapa na vida de ter de aprender do sofrimento. Não segue que aprendemos melhor com o sofrimento, mas que o prazer que move é menos aquele do bobo alegre, do que aquele do bom combate."

Este trecho é brilhante pois nos remete a uma reflexão sobre nosso "entusiasmo" para alcançar algum objetivo. O autor é muito profundo quando cita que não é somente o prazer que move, para conseguirmos algo importante em nossa vida, sabemos e temos consciência que precisamos lutar, lutar e muito para alcançar vôos mais altos. Nada vem de mão beijada, precisamos nos empenhar, abdicar de algumas coisas que nos dão prazer e, muitas, digo, na maioria das vezes, sofrer...Mas é um sofrimento bom, não uma auto-violência, uma dedicar-se além, até mesmo, de nossas possibilidades, antes inimaginadas...como ele cita a escalada do Everest, é claro que a recompensa maior está quando atingimos o cume, mas para isso, temos noção das dificuldades durante a subida...e quando chegamos lá, este sim é o prazer que nos move, o do bom combate.
Prazer do "bobo alegre" aqui, ao meu ver, é aquele prazer que buscamos e que não nos acrescenta nada...

"O que as teorias afirmam é que não se aprende sem envolvimento profundo."

Outra frase inteligente, pois precisamos estar engajados com o que queremos aprender, senão tudo é em vão...
Aqui entra a discussão de como motivar o educando, mas surge a controvérsia: de onde vem o estímulo, ele é interno ou externo? O que nos leva a prender, o que sentimos no nosso íntimo, ou o que dizem que devemos aprender? Como fica no meio de tudo isto a motivação? Como motivar o aluno se ele não quer aprender determinado assunto? Aguns já afirmaram que aprendizagem depende de interesse, mas como despertar esse interesse nos outros e em nós mesmos? Outros dizem que depende da necessidade de cada um...O que nos move em direção ao aprendizado? Ficam aqui as questões...

"Prensky (2001) sugere que as crianças são nativas, enquanto os adultos são imigrantes, embora haja autores que tomam isso como um "mito" (OWEN, 2004). É fato, porém, que as crianças se dão bem com o computador, parecendo haver entre eles uma simbiose notável."

Realmente a criança tem uma ligação muito interessante com o computador...Acho que o que difere a criança do adulto neste quesito é que a criança já nasceu no meio de toda esta parafernália informática e por isso não tem medo do dito "computador". O medo trava, o medo do desconhecido, do novo....
Quem nunca presenciou o primeiro contato de um adulto com um computador...ele  é cheio de medos e receios...medo de estragar algo, medo de fazer algo errado, medo de errar, errar e errar....depois, muitos abandonam tudo e dizem: "Isto não é para mim"...conheço pessoas que têm medo de mexer em seu próprio celular e até hoje não conseguiram decorar o próprio número... É como se houvesse um bloqueio para o novo...toda novidade assusta...Como afirmam Carvalho e Ivanoff no livro Tecnologias que Educam, "...deveríamos descobrir se precisamos iniciar transformações, algumas vezes até incômodas."

Obs.: No meu entender a expressão "peer-university" é utilizada pelo autor para considerar os ambientes de um nível igual, sem hierarquização, onde todos, independente da identidade, podem acessar e usufruir das informações presentes neste ambiente.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Instantes

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, 
na próxima trataria de cometer mais erros.

Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido,
na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.

Correria mais riscos, 
viajaria mais montanhas, 
nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, 
tomaria mais sorvetes e menos lentilhas, 
teria mais problemas reais e menos problemas
imaginários.
Eu fui dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da sua
vida: claro que tive momentos de alegria.
Mas, se eu pudesse voltar a viver, trataria de ter
somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida,
só de momentos, não percas o agora.

Eu era um desses que nunca ia a parte
alguma sem um termômetro, uma bolsa
de água quente, um guarda-chuva e 
um pára-quedas: se voltasse a viver,
viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria a
andar descalço no começo da primavera e
continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria
mais amanheceres e brincaria com mais
crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.




Este texto foi retirado do Livro de Ruy Cézar Espírito Santo, PEDAGOGIA DA TRANSGRESSÃO.

Lindo, não é mesmo? Faz a gente pensar em como anda nossa vida....Estamos passando por ela
sem prestar atenção no que realmente importa, sem prestar atenção nos detalhes, sem viver de forma
plena a nossa existência...

Estamos nos perdendo no vácuo dos nossos "compromissos" e deixando a vida escapar por entre os dedos...

Hoje ví um pensamento que é muito interessante também:

"Não trate como prioridade, quem te trata como opção!"  

Dá pra refletir um pouco...bjus...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Anoitecer no Brasil

Quando fui à Fortaleza, uma coisa me deixou intrigada...

Perto das 17:00hs já começa à anoitecer...

Esta foto de satélite me ajudou a compreender porque isto acontece...

Prestem atenção às luzes já acesas nos locais onde não tem mais sol, enquanto uma parte do Brasil ainda brilha sob a luz do astro rei...

Realmente o mundo em que vivemos é maravilhoso...
Cuidemos bem dele...






domingo, 11 de julho de 2010

Céu de Foz do Iguaçú

Esta foto faz parte dos arquivos da NASA, vejam que interessante a representação da curva da Via-Láctea....

A foto foi realizada no dia 04 de maio deste ano.

Um espetáculo sem precedente...

Show...

Ah! Veríssimo....

Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:

Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante,
com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo.

Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.

Nós também dormimos em camas separadas:
a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.

Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.

Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento,
"em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse.
Então, sugeri a cozinha.

Nós sempre andamos de mãos dadas...

Se eu soltar, ela vai às compras!

Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.

Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".

Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.

Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio.
Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento.

Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".

Já faz 18 meses que não falo com minha esposa.
É que não gosto de interrompê-la.

Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.

Ela perguntou: "O que tem na TV?" 
E eu disse: "Poeira".
 
Luís Fernando Veríssimo

Veríssimo....Belíssimo....

Para se roubar um coração,
é preciso que seja com muita habilidade,
tem que ser vagarosamente,
disfarçadamente,
não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.

Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.


Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.


Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência,
é como se fosse tecer uma colcha de retalhos,
aplicar uma renda em um vestido,
tratar de um jardim,
cuidar de uma criança.

É necessário que seja com destreza,
com vontade,
com encanto,
carinho e sinceridade.

Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza,
mas não falo dessa esperteza que todos conhecem,
falo da esperteza de sentimentos,
daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.

Quando se deseja realmente conquistar um coração,
é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso,
é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho,
entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.

...e então,
quando finalmente esse coração for conquistado,
quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.

Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.

Eles sofrerão altos e baixos sim,
mas com certeza haverá instantes,
milhares de instantes de alegria.

Baterá descompassado muitas vezes e sabe por quê?

Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.

Até que um dia,
cansado de estar dividido ao meio,
esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria,
sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.

... e é assim que se rouba um coração, fácil não?

Pois é,
nós só precisaremos roubar uma metade,

a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!

E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém...
é simples...
é porque elas não possuem mais coração,
eles foram roubados,
arrancados do seu peito,
e somente com um grande amor ela terá um novo coração,
afinal de contas,
corações são para serem divididos,
e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vida/Tempo (Viviane Mosé)

Gente, amei esse poema que o professor Adnilson da Pós trouxe para a sala de aula, então resolvi postar aqui pra vocês...Vejam como é interessante, fala do tempo e do que ele faz com a gente....Maravilhoso poema!

Eu acho que a vida anda passando a mão em mim
Eu acho que a vida anda passando a mão em mim
Eu acho que a vida anda passando
Acho que a vida anda passando
Acho que a vida anda
A vida anda em mim
A vida anda
Acho que há vida em mim
Há vida em mim
Anda passando
Acho que a vida anda passando
A vida anda passando a mão em mim
E por falar em sexo
Quem anda me comendo é o tempo
Se bem que já faz tempo
Mas eu escondia
Porque ele me pegava à força
E por trás
Até que um dia resolvi encará-lo de frente e disse
Tempo
Se você tem que me comer que seja com meu consentimento
E me olhando nos olhos
Eu acho que eu ganhei o tempo
De lá pra cá ele tem sido bom comigo
Dizem que ando até remoçando