quarta-feira, 3 de março de 2010

RESUMO SOBRE BRONZEAMENTO ARTIFICIAL E CÂNCER DE PELE

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma declaração sobre os perigos do bronzeamento artificial e advertiu que ninguém com menos de 18 anos de idade deve usar leitos de bronzeamento. No mundo todo um em cada três casos de câncer é relacionado à pele. A incidência de câncer de pele vem aumentando a índices alarmantes e a OMS afirma que uma das causas são os bronzeamentos artificias. O objetivo primário do esforço atual da OMS é proteger os jovens. Jovens acanhados por sua aparência na Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e norte da Europa estão entre os consumidores mais ávidos da indústria de muitos bilhões de dólares; 25% de todos os usuários de leitos de bronzeamento estão na faixa etária vulnerável e impressionável de 16 a 24 anos. Em pesquisas recentes, 47% das mulheres com 18 a 19 anos nos Estados Unidos e 57% dos adolescentes de Estocolmo usavam serviços de bronzeamento.


As ondas de comprimento UVA mais longas (314-400 nm) que constituem a maior parte da radiação dos leitos de bronzeamento penetram mais profundamente na pele e têm sido implicadas em risco de câncer de pele. Alguns leitos de bronzeamento podem emitir níveis de radiação UV muitas vezes mais fortes do que o sol do meio-dia no verão. Além de promover câncer de pele, queimaduras, perda de elasticidade, rugas e efélides, a exposição excessiva à UV também pode prejudicar os olhos e comprometer a função imunológica. Uns 20 milhões de pessoas no mundo todo ficam cegas por catarata, 20% das quais, estima a OMS, resultaram de exposição à UV.

A recomendação da OMS faz parte de seus esforços globais contra a hiperexposição à radiação UV. A radiação UVB com um comprimento de onda curto (280-315 nm) é sabidamente um fator de risco para câncer de pele,

A melhor maneira de prevenir a maioria dos tipos de câncer de pele na fase adulta é evitar queimaduras solares desde a infância, usando filtros solares adequados e procurando sempre a orientação do dermatologista.

Existem três tipos de câncer de pele: O Carcinoma Basocelular (não melanoma), que é o mais freqüente, representando 70% dos casos e tem relação direta com a exposição cumulativa da pele à radiação solar durante a vida. Porém, é o de melhor prognóstico por evoluir vagarosamente e não fazer metástases. Geralmente aparece na face e possui cor rósea e aspecto “perolado", com finos vasos na sua superfície.

Outro tipo de câncer de pele é o Carcinoma Espinocelular (não melanoma), que representa de 20 a 25% dos casos. Ele surge em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou queratoses solares. Tem crescimento mais rápido e atinge a pele e as mucosas (lábios, genitais, etc.). Se não for tratado precocemente, pode fazer metástases. Manifesta-se através de lesões pequenas e endurecidas que crescem e formam lesões elevadas ou vegetantes (aspecto de couve-flor). Frequentemente sangra. Este é o tipo de câncer causado por exposição em camas de bronzeamento artificial.

E, por fim, temos o Melanoma Maligno. É o tipo mais agressivo e mortal. Com alto potencial de produzir metástases. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoces. Ocorre mais em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura. Felizmente, sua incidência é baixa com relação aos outros tipos de câncer de pele. O diagnóstico é feito através da observação das pintas, que podem mudar de cor e aspecto. Para examiná-las usa-se a regra ABCD. Onde:



Assimetria: uma metade da pinta é diferente da outra;

Borda Irregular: contornos mal definidos;

Cor Variável: muitas tonalidades numa mesma lesão;

Diâmetro: maior que 6,0 mm.





REFERÊNCIA

Câncer de Pele. Disponível em: http://www.drpaulofreire.med.br/cancer_pele.htm

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