Segundo a revista Pro Teste, existem técnicas e fórmulas inovadoras que prometem diminuir o envelhecimento da pele. Mas existem também efeitos secundários que podem ser danosos, por isso deve-se prestar muita atenção antes de optar por este ou aquele tratamento.
Uma pele maltratada e envelhecida não é apenas uma questão de estética, pode também causar problemas de saúde. Por exemplo, uma pele extremamente ressecada escama com mais facilidade e pode ficar vulnerável a irritações e coceiras.
As rugas, por sua vez, mexem diretamente com a auto-estima.
Além do tempo, outros fatores também castigam a pele como os raios ultravioleta do sol e o cigarro.
Para diminuir o incomodo gerado por estes problemas, existem diversas técnicas. Mas será que conseguem conter as marcas do tempo sem ultrajar o corpo?
Suplementos nutricionais e cremes prometem ser a solução dos problemas, no entanto, os mais eficazes são os mais agressivos, pois podem provocar efeitos colaterais. Por isso só podem ser usados sob orientação médica.
A maioria dos suplementos nutricionais contém as vitaminas C, E e Licopeno e oligoelementos como o selênio, que visam combater os radicais livres. Os resultados positivos dos suplementos são muito lentos e também podem ser atingidos se as cápsulas forem substituídas por uma alimentação equilibrada, rica em frutas e legumes.
Existem no mercado vários tipos de cremes. Alguns favorecem a remoção de células mortas, outros oferecem uma melhor hidratação da pele.
Compostos por substâncias variadas, estes produtos têm eficácia frequentemente contestada e seus efeitos secundários ainda são pouco conhecidos.
Uma das substâncias utilizadas nos cremes é a tretinoína, também conhecida como vitamina A ácida ou ácido retinóico. Os efeitos da tretinoína foram devidamente comprovados pela ciência e atua sobre as rugas finas, as manchas senis e a pele áspera, e tem efeitos visíveis depois de três ou quatro meses de uso constante. Mas pode provocar efeitos secundários importantes: pele irritada, vermelhidão, ardor, secura e descamação da pele durante algum tempo.
Quem utiliza este medicamento não pode se expor ao sol, não pode estar grávida, pois pode provocar mal formação fetal.
Em virtude disso a indústria cosmética vem buscando novas formulações menos agressivas que a vitamina A.
É o caso do retinol e seus derivados - uma substância menos violenta, mas também, menos eficaz.
O retinol puro, em grandes concentrações, pode causar prurido ou manchas vermelhas em peles sensíveis.
Estas reações podem também aparecer após o uso dos ditos ácidos de frutos (AHA e BHA).
Os ácidos de frutos têm efeito esfoliante que eliminam as células mortas. Mas o seu uso pode causar inchaço em volta dos olhos, além de coceira, erupção e descoloração da pele. Por isso não se deve usar cremes que contenham mais do que 10% de ácidos de frutos, nem com pH inferior a 3,5. Além de ter que proteger a pele do sol durante o seu uso com protetor solar de fator igual ou superior a 15.
O mesmo procedimento também é recomendado para o uso dos antioxidantes, encontrados facilmente no mercado, numa formulação à base de vitamina C e E, selênio e coenzima Q10.
A eficácia dos antioxidantes em cremes ainda não foi confirmada pela medicina, pois podem não ser bem absorvidos pela pele.
Além dos cremes, temos a toxina botulínica, também conhecida como Botox. Ela paraliza os músculos da face que formam as rugas de expressão quando são contraídos. Sua ação sobre as rugas dura em média de três a seis meses. Depois as marcas reaparecem novamente.
Os efeitos secundários do Botox podem ser o enfraquecimanto das pálpebras, perturbações da visão, inflamação e ulceração da córnea, entre outros. Podem aparecer, ainda, anomalias cardiovasculares e reações alérgicas graves.
O peeling é outra alternativa que causa uma "queimadura" controlada na pele e elimina as camadas mais superficiais, decamando-as e permitindo sua renovação.
Esta pele nova é mais lisa e por sua vez, mais sensível aos raios solares.
O peeling trata rugas, acne e cicatrizes provocadas pela acne. Deve ser feito somente por médicos e seus resultados podem se estender até 10 anos. Se for bem feito, é claro.
Embora eficiente, a descamação pode provocar alterações de pigmentação, eritemas prolongados (vermelhidão), infecções, cicatrizes e reincidência de herpes labial e genital. Outras reações são a esfolição da pele por quase duas semanas e um inchaço que pode provocar fissuras e formar crostas e escamações por alguns dias.
O laser é outra técnica que consiste em "queimar" a epiderme e as camadas superiores da derme, onde se desenvolverá uma nova pele. A intervenção deve ser feita por um médico experiente e sob anestesia.
O resultado também estende-se por quase 10 anos.
Os efeitos do laser a longo prazo ainda não foram avaliados pelos médicos, mas podem provocar algumas complicações relativamente graves, embora passageiras, como: alterações de pigmentação, vermelhidão prolongada, hipersensibilidade, ardor, reincidência do herpes simples, cicatrizes hipertróficas (a pele fica mais levantada - por isso o laser não é aconselhado para quem tem tendência a quelóides).
Após a aplicação do laser o rosto fica recoberto de crostas, como se estivesse em carne viva e o período de recuperação arrasta-se por mais de duas semanas. Também é desaconselhado para pessoas de pele escura por causa dos riscos de alterações pigmentares. O rosto pode ficar manchado.
Além de tudo que já foi citado, ainda temos o lifting do rosto, que é um "levantamento" da pele do rosto.
O lifting consiste em descolar a pele, retirar ou reposicionar a gordura, esticar o músculo e a pele e uní-los novamente. É uma intervenção cirúrgica que corrige a flacidez dos tecidos e elimina o excesso de pele e de gordura, rejuvenescendo o paciente em vários anos.
Quanto aos efeitos secundários, além dos riscos inerentes à anestesia, pode provocar infecções, hematomas, problemas no nervos que controlam os músculos faciais - ainda que passageiros - e cicatrizes. Depois da cirurgia o rosto fica pálido, inchado e demora vários meses para voltar à normalidade.
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